domingo, 16 de fevereiro de 2014

Um poro...


Bastaria um poro, um único poro...bastaria que um único poro da minha pele te conseguisse contar a história, o conto...daquilo que acontece quando a tua pele se aproxima da minha...quando a tua boca fica perto da minha...o teu olhar se demora no meu...ou a tua respiração fica pertinho do meu ouvido...

Não sendo possível, assim ficamos...eu a tremer por todos os poros, e tu a suspirares pelo não entendimento daquilo que acontece em mim...não uma obsessão por sexo...desengana-te, o que me atravessa o corpo e a mente não é uma obsessão por sexo...é um desejo pelos momentos em que nos encontramos verdadeiramente...ou talvez onde eu te encontro verdadeiramente... 
Tu podes estar sempre ali, e estás, mesmo quando não estamos a fazer amor...mas aquele momento em que fazemos amor, é o momento em que, depois de um longo tempo à tua procura num quarto escuro, te encontro finalmente...sei o tempo que estás ali mas não te encontro...fazer amor contigo é como encontrar-te no meio de um quarto escuro...

Não consigo explicar-te melhor...um poro dos meus, um único poro, poderia contar-te a história fascinante daquilo que acontece quando te encontro e te deixas ser encontrada...mas os meus poros não falam...transpiram, suspiram, tremem e arrepiam-se...mas não falam, infelizmente...